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O Brutal Desemprego de Professoras e Professores e a Precarização: A Luta dos Trabalhadores da Educação contra o Desmonte do Ensino Público

 EM DEFESA DA EDUCAÇÃO E CONTRA O AVANÇO DO FASCISMO NO ESTADO

A educação pública está sob ataque. O governo estadual, sob a liderança autoritária de Tarcísio de Freitas e seu braço repressivo, Capitão Derrite, avança de forma sistemática contra os direitos dos professores, contra a estabilidade dos trabalhadores da educação e contra o próprio direito da juventude a um ensino crítico e transformador. O desmonte promovido não é um acaso nem um efeito colateral de políticas mal planejadas — trata-se de um projeto deliberado para aniquilar a educação pública e transformá-la em um espaço de adestramento, voltado aos interesses do mercado e à manutenção do status quo.

O desemprego em massa de professores contratados é uma das faces mais brutais desse desmantelamento da educação. Trabalhadores traficantes, que dedicam suas vidas à formação das novas gerações, estão sendo descartados como suas experiências e seu compromisso com a educação não fazem valor. Essa prática desumana não é apenas um ataque ao emprego, mas à dignidade e ao direito ao trabalho de qualidade, fundamentais para o desenvolvimento de um país.

Mas o ataque vai além do salário e das condições de trabalho. Está em curso uma verdadeira ofensiva ideológica contra o pensamento crítico, e a principal estratégia utilizada é a redução da carga horária das disciplinas de humanas. Com isso, o governo tenta silenciar vozes históricas que propõem reflexões sobre a desigualdade, a opressão e as injustiças sociais. Ao diminuir a importância de disciplinas que tratam da história, filosofia, sociologia e artes, o governo tenta moldar uma juventude incapaz de questionar e transformar a realidade que a cerca, preparando-os apenas para o mercado de trabalho, mas não para a luta por justiça social.

Essa política de desmonte está atualizada ao avanço do neofascismo no Brasil e no mundo. O atual governo estadual representa esse projeto reacionário, que criminaliza professores, persegue sindicatos, estimula a repressão policial e derrota a autonomia pedagógica. O objetivo é claro: despolitizar a juventude, desmobilizar os trabalhadores e consolidar um modelo de sociedade onde a exploração e a desigualdade sejam naturalizadas. O ataque à educação é, assim, uma tentativa de apagar as lições do passado, de silenciar as vozes dos que lutam pela justiça e de apagar a memória histórica das lutas populares que construíram a democracia no Brasil.

Lembramos, também, das lições históricas que nos ensinam sobre o valor da educação em momentos de repressão. Durante a Ditadura Militar (1964-1985), o Brasil viveu um período de intensa censura e perseguição aos intelectuais. As universidades foram alvo de disciplinas políticas, os professores foram exilados ou presos, e a educação foi fortemente controlada pelo regime autoritário. As disciplinas de pensamento crítico foram ameaçadas, e o objetivo da ditadura era formar uma população submissa e alienada. Agora, como em um ciclo nefasto, tente repetir essa repressão, propondo um modelo educacional que visa a dominação ideológica e o afastamento da juventude dos ideais de liberdade, justiça e emancipação social.

Mas nossa luta não se limita à educação. Temos a obrigação moral e política de transformar o estado de coisas que nos afeta em todas as questões da sociedade. A opressão que atinge a educação é apenas uma das faces de um projeto maior de controle e exploração que visa desarticular todas as formas de resistência popular e os direitos conquistados ao longo de décadas de luta. A destruição da educação, a negação da saúde pública, a repressão ao direito à moradia digna, o ataque aos direitos trabalhistas e a exploração sem limites são todos elementos de uma mesma agressão que visa manter o poder nas mãos das elites, enquanto empurra a classe trabalhadora para a marginalidade.

Não podemos permitir que essa realidade se concretize. A educação é um pilar fundamental para a emancipação da classe trabalhadora e para a construção de uma sociedade justa. Por isso, a defesa da educação pública deve ser parte de uma luta mais ampla por uma mudança profunda em todas as questões sociais, pela transformação das condições de vida de todos os trabalhadores e pela construção de um futuro livre das amarras da exploração.

É hora de transformar nossa indignação em luta organizada! Os professores não podem ser calados, os estudantes não podem ser silenciados, e a sociedade não pode permitir que o projeto autoritário triunfe. Chamamos todos os educadores, estudantes e trabalhadores para se unirem nessa batalha. Não podemos permitir que nos roubem o direito a um ensino público de qualidade, que tentemos reduzir os professores a meros reprodutores de um conhecimento domesticado. Nossa missão é formar cidadãos críticos, conscientes e capazes de transformar a realidade.

A luta pela educação vai além de melhorias nas condições de trabalho. Nossa luta é pela liberdade, pela democracia, pela dignidade humana e pelo futuro da educação. Não aceitamos um ensino que nos prepare apenas para a submissão. Nossa missão é emancipar a classe trabalhadora, oferecendo uma educação que construa um mundo mais justo, solidário e igualitário. Unidos, organizados e mobilizados, seremos a resistência a esse projeto de destruição.

Nenhum passo atrás! Em defesa da educação, contra o fascismo e o desmonte do ensino público! E contra o desmonte de todas as conquistas sociais!


DÓRIA, Pedro. Fascismo à Brasileira: como o integralismo, maior movimento de extrema-direita da história do país, se formou e o que ele ilumina sobre o bolsonarismo . São Paulo: Companhia da

SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o Autoritarismo Brasileiro . São P

STANLEY, Jason. Como Funciona o Fascismo: a política do 'nós' e 'eles' . São Paulo: L&PM Editores, 2018.

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A educação frente à pandemia e ao fascismo: duros combates nos aguardam”. Disponível em: < https ://www .adunicamp .org .br /noticias /a -educacao -frente--a -pandemia -e -ao -fascismo -duros -combates -nos -aguardam/. Acesso em: [data de

Educação: O 'novo' fascismo com velhas táticas". Disponível em: <https://outraspalavras.net/m​​​/educacao-o -novo-fasci-com -vel-t


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